
A primeira chaga é recorrer aos meios humanos, às proteções humanas, o que obscurece a ação da Providência e torna menos significativa a existência da própria Obra assim como São João Calábria a sonhou e pensou.
A segunda chaga é o ativismo vazio, onde o centro e o fim das atividades não é Jesus, e sim nós mesmos. Muitas vezes esquecemos qual é o fim da Obra, ou seja mostrar em cada atividade a paternidade de Deus.
A terceira chaga é a crescente perda de fraternidade: não se assumem mais “os pesos uns dos outros” (Gal 6,2), pelo contrário crescem as murmurações e as discórdias. Observa-se cada vez mais uma geral falta de fraternidade verdadeira em nossas comunidades, assim como nas famílias e na sociedade. Vive-se lado a lado uns dos outros, mas não voltados uns para os outros.
A quarta chaga é a falta de intimidade com Jesus: pouca oração e meditação da Palavra de Deus. O encontro quotidiano com Deus serve mesmo para forjar o apóstolo. Somente após uma intensa oração é que podemos nos dedicar às diversas atividades pastorais.
A quinta chaga é a decadência do espírito de sacrifício. Não falo aqui das penitencias extraordinárias que precisamos fazer e dos jejuns que a Igreja nos propõe. Falo isso sim, do estilo de vida pessoal, que não distingue em nada daquele do mundo secularizado.
A reparação nos conduz ao seguinte: nos leva ao abandono de nós mesmos, para aderirmos à vontade do Pai, e nos faz aceitar tudo o que vem d’Ele como presente, e devolver tudo a Ele como oferta. Para nós membros da Família Calabriana este abandono nos braços do Pai é fundamental.
“Sempre se deve lutar contra os erros, mas amar as pessoas que erram e rezar por elas”.