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Cinco Chagas entre outras que exigem reparação de todos nós

A primeira chaga é recorrer aos meios humanos, às proteções humanas, o que obscurece a ação da Providência e torna menos significativa a existência da própria Obra assim como São João Calábria a sonhou e pensou.

A segunda chaga é o ativismo vazio, onde o centro e o fim das atividades não é Jesus, e sim nós mesmos. Muitas vezes esquecemos qual é o fim da Obra, ou seja mostrar em cada atividade a paternidade de Deus.

A terceira chaga é a crescente perda de fraternidade: não se assumem mais “os pesos uns dos outros” (Gal 6,2), pelo contrário crescem as murmurações e as discórdias. Observa-se cada vez mais uma geral falta de fraternidade verdadeira em nossas comunidades, assim como nas famílias e na sociedade. Vive-se lado a lado uns dos outros, mas não voltados uns para os outros.

A quarta chaga é a falta de intimidade com Jesus: pouca oração e meditação da Palavra de Deus. O encontro quotidiano com Deus serve mesmo para forjar o apóstolo. Somente após uma intensa oração é que podemos nos dedicar às diversas atividades pastorais.

A quinta chaga é a decadência do espírito de sacrifício.  Não falo aqui das penitencias extraordinárias que precisamos fazer e dos jejuns que a Igreja nos propõe. Falo isso sim, do estilo de vida pessoal, que não distingue em nada daquele do mundo secularizado.

A reparação nos conduz ao seguinte: nos leva ao abandono de nós mesmos, para aderirmos à vontade do Pai, e nos faz aceitar tudo o que vem d’Ele como presente, e devolver tudo a Ele como oferta. Para nós membros da Família Calabriana este abandono nos braços do Pai é fundamental.

“Sempre se deve lutar contra os erros, mas amar as pessoas que erram e rezar por elas”.

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Ano da Reparação – Família Calabriana

Reparação é obra de amor, um chamado à intimidade com Deus. Reparar significa deixar-se acorrentar por Deus, para se entregar aos outros assim como Ele se entregou em Jesus Cristo.

A verdadeira reparação consiste em saber transformar a própria vida em Eucaristia, dom diário de amor apor amor. A melhor reparação consiste no esforço para conseguirmos a perfeição e a santidade.

Nossa tarefa é a de evitarmos as defesas, remover os obstáculos ao trabalho de Deus em nós, tornando-nos disponíveis ao trabalho de transformação no amor que Cristo realiza em nós.

Esta carta escrita pelo nosso Superior Geral, Pe. Miguel Tofful, abre o ano dedicado à reparação e coincide com o ano “da fé” proclamado pelo Papa Bento XVl.

A especificidade do nosso carisma é de reavivar no mundo a fé e a confiança em Deus Pai Providente.

A primeira grande reparação foi realizada por Cristo na cruz, morte e ressurreição em favor da humanidade.

A Eucaristia é o lugar onde a reparação acontece. Ela é celebrada através de quatro verbos eucarísticos que mostram o que é o amor reparador: “tomou o pão… deu graças… partiu-o… deu-o”.

Estas quatro ações eucarísticas de Jesus são a síntese de toda a sua vida e de toda a Escritura, uma síntese na qual Ele explica o dom total de si como Filho amado pelo Pai e nos torna participantes a cada um de nós como filho e filha, dando significado à nossa existência.

Nossa fé não é a da dor e do lamento, e sim da alegria. O convite do salmista “Servi ao Senhor com alegria” (Sl 99,2), vale também a respeito da reparação. Servir ao Senhor através da reparação há de ser considerado uma doação alegre, mesmo que aparentemente exija renúncia e sacrifício.