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Quaresma. Cristão, chegou sua hora!

CRISTÃO: CHEGOU SUA HORA

Saudações de paz e bem a todos!

A partir da quarta feira de cinzas, dia 9 de março , a Igreja inicia o tempo da Quaresma em

Pe. Adriano Carminatti

preparação á Pascoa. O papa Bento XVI na sua mensagem para a Quaresma 2011 ressalta a relevância do Batismo e da Palavra de Deus em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele. Portanto, devemos libertar-nos do nosso egoísmo, superando a tendência de domínio sobre as pessoas e abrindo-nos à caridade de Cristo.

Quaresma é tempo de escuta da Palavra, de oração, de jejum e da prática da caridade como caminho de conversão, tendo como horizonte a celebração do Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Temos um excelente auxílio para bem vivermos a Quaresma de 2011 através da Campanha da Fraternidade cujo o tema é “ Fraternidade e a vida no planeta”, e o lema é “ A criação geme em dores de parto” ( Rm 8, 22). Precisamos cuidar bem da vida espiritual e também da vida de modo geral, para superarmos qualquer dicotomia entre fé e vida.

Frente ao sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus “gritos de dor” – o desafio do Cristão é mostrar que ainda existe esperança de reconstruir um mundo melhor para todos.

Frente à sociedade do bem estar e do sistema liberal e do consumismo, o desafio do CRISTÃO é de viver do essencial, de simplicidade, de busca dos valores evangélicos.

Frente ao secularismo, o desafio do CRISTÃO é ser um profissional de Deus.

Frente ao individualismo e do egoísmo, o desafio do CRISTÃO é viver em comunidade e em prol da comunidade e do bem de todos.

Frente a ganancia é preciso viver na solidariedade com os excluídos e insignificantes.

Ser cristão é sermos pessoas, homens e mulheres de fé, homens e mulheres que amam à vida, homens e mulheres de Deus.

Pe. Adriano Carminatti, psdp [email protected]

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A vida em Pastoral

Queridos Missionários e Missionárias

Paz e bem a todos!

Somos todos agentes de pastorais e agentes de transformação, e como tais, precisamos nos tornar também animadores/as de nossas comunidades. Ser animador/a significa dotar de vida um organismo, encorajar, estimular, enriquecê-lo de dinamismo, vivacidade, movimento, expressão. Usa-se ainda o termo animar para se falar do fervor e entusiasmo em uma missão, como o caso de alguém que está animado de um grande zelo, ardor ou paixão pelo que faz, no vosso caso, uma comunidade que está animando.

A alma é como o sangue que nutre e mantém a temperatura, como o respiro e a relação entre o mais íntimo e o que nos inspira e nos faz desejar”. (Frei Luiz Carlos Susin). E isso cria, no ser humano, uma tensão muito grande: somos frágeis, feitos do pó da terra, mas somos também um desejo infinito de divino, de imortalidade, somos imagem de Deus-Criador para nos relacionarmos com Deus e, como disse bem Santo Agostinho, “nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Deus”.

Como agentes de pastorais, animadores/as precisamos acolher, ouvir e fazer o que Jesus nos tem a dizer. Foi o que aconteceu com os discípulos de Emaús. Eles O acolheram na caminhada, um forasteiro que viajava sozinho, com Ele partilharam seus sofrimentos e depois O ouviram. Jesus os escuta e comunga de seus sofrimentos. Uma vez bem enturmado e tendo conhecimento da situação deles, e isso demorou, Jesus fala das Escrituras, mas de um modo diferente, isto é, com paixão e um profundo sentido. Os discípulos sentiam arder o coração, ao mesmo tempo, que compreendiam o que as Escrituras falavam de Jesus e sentiam animados e impulsionados para retomar a caminhada com Ele e com os irmãos/as na fé e assumir a missão recebida do Senhor ou em outras palavras a “pastoral recebida da comunidade”.

Pastoral vem de pastor, portanto, é a atividade pela qual a comunidade do Senhor Jesus, a Igreja, reúne, congrega, alimenta, corrige, cura e guia pessoas para se encontrarem pessoal e comunitariamente com Ele mesmo, como único Pastor e Senhor, e para se colocarem sob seu comando amoroso. Pastoral, segundo Jesus, o Bom Pastor por excelência (cf Jo 101-18), é a expressão do carinho paternal e maternal daquele que literalmente dá a sua vida por suas ovelhas e para que elas sejam salvas e tenham vida e vida em abundância (cf. Jo 10, 10).

O Pastor mobiliza e conduz as ovelhas por sua presença de liderança e por sua voz. As ovelhas reconhecem seu Pastor pelo seu modo de lidar com elas e pela voz, que é inconfundível. A Igreja, para exercer bem o pastoreio de Jesus, necessita desenvolver uma liderança amorosa e expressar bem a Palavra de Deus, que é inconfundível, como voz do Senhor. Esta Palavra deve permear cada pastoral e o conjunto das atividades pastorais, que devem existir e atuar de modo orgânico, centradas em Jesus Cristo, nas Escrituras Sagradas, na força da Eucaristia, no amor da comunidade e na ação missionária.

Sabemos que somente o Espírito Santo é capaz de nos fazer captar a sabedoria que está misteriosamente escondida na Palavra das Escrituras. É ele quem nos fornece a luz que nos faz penetrar nos mistérios ou segredos que Deus nos quer comunicar mediante sua Palavra. É ele, como aconteceu com Maria, que nos fecunda da Palavra encarnada, Jesus Cristo. E é por isso, que o anúncio e a vivência da Palavra adquirem força profética, porque, possuídos pelo dinamismo do Espírito, falamos em nome do próprio Deus, com a veemência Dele mesmo e com o poder que vem De seu amor libertador.

Não resta dúvida de que a paróquia vem sendo, como diz o documento de Aparecida, o lugar onde a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Jesus Cristo e uma vida de comunhão com a Igreja local e universal (cf. DAp, n. 170). Esta renovação pastoral da vida paroquial implica em espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé, aberta à diversidade de carismas, serviços e ministérios, atenta à diversidade cultural de seus habitantes. Formar e promover discípulos e missionários que correspondam á vocação recebida e comuniquem por toda a parte, transbordando de alegria e gratidão, o dom do encontro com Jesus Cristo. Este é o nosso tesouro maior: Jesus Cristo. Não temos outra felicidade e outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus cristo seja encontrado, conhecido, amado e seguido não obstante todas as dificuldades e resistências que encontramos ao longo da caminhada.

A todos nos toca recomeçar a partir de Jesus Cristo, reconhecendo que “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (DAp, n. 12;14). Pois, o cristianismo não é uma religião do livro, mas a religião de uma Pessoa, do próprio Filho de Deus, a Palavra feita pessoa humana e divina.

É preciso seguir as pegadas de Cristo fazendo-se discípulos e missionários do Mestre, numa Igreja que peregrina como Corpo de Cristo, Povo de Deus, em comunhão e participação a Serviço do Reino de Deus através de uma vigorosa opção pelos pobres e excluídos.

Que Deus Pai providente pela intercessão de São João Calábria nosso Padroeiro e de Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil nos abençoe e derrame suas benções sobre todos nós nesta tarefa evangelizadora.

Pe. Adriano Carminatti, psdp

Pároco

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